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XP registra lucro líquido ajustado de R$1,24 bilhão no 1º trimestre e anuncia recompra de ações
Por Elite Binária | 21 de maio de 2025 | Economia | Mercado de Capitais
SÃO PAULO — A XP Inc. divulgou nesta terça-feira os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, apresentando lucro líquido ajustado de R$1,24 bilhão, aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa também anunciou um novo programa de recompra de ações no valor de R$1 bilhão, reafirmando seu compromisso com a política de retorno de capital aos acionistas.
A receita bruta consolidada da XP atingiu R$4,56 bilhões, crescimento de 7% na comparação anual, impulsionada principalmente pelo segmento de varejo, que registrou alta de 10%, totalizando R$3,4 bilhões. Os segmentos institucional e de grandes empresas e mercados de capitais apresentaram comportamentos divergentes, com queda de 3% no primeiro e alta de 11% no segundo.
Na base trimestral, a receita total recuou 4%, com diminuição de 4% no varejo, 6% nos grandes clientes e crescimento de 4% no institucional, refletindo a volatilidade típica do período.
O desempenho do varejo foi sustentado pela forte performance da receita de renda fixa, que cresceu 44% ano a ano, alcançando R$1,02 bilhão, superando pela primeira vez a receita da renda variável, que caiu 15%, para R$959 milhões. Segundo o CFO Victor Mansur, a renda fixa permanece como o principal motor do crescimento no ano, com o trimestre apresentando desempenho sólido mesmo diante da sazonalidade.
Mansur ressaltou cautela quanto ao mercado de ações, destacando o baixo volume negociado apesar da valorização do Ibovespa no período, além da expectativa de juros elevados que devem persistir até o final do ano, fatores que influenciam o ambiente de investimentos.
A receita líquida da XP somou R$4,35 bilhões, alta de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2024, levemente abaixo das projeções de mercado que estimavam R$4,47 bilhões. O lucro antes dos impostos (EBT) alcançou quase R$1,26 bilhão, superior aos R$1,09 bilhão do mesmo período do ano anterior, com margem EBT que avançou de 26,9% para 29,1% na comparação anual, embora tenha registrado queda de 2% no trimestre.
Os indicadores de rentabilidade também apresentaram evolução. O retorno sobre o patrimônio líquido tangível anualizado (ROTE) ajustado subiu para 24,1%, frente a 20,7% no primeiro trimestre do ano anterior, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) ajustado atingiu 30,2%, contra 25,4% no período anterior.
Ao final de março, a XP administrava quase R$1,33 trilhão em ativos totais de clientes, um aumento de 13% na comparação anual e 3% em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento é explicado por R$119 bilhões de captação líquida e R$32 bilhões em valorização de mercado. A empresa também começou a divulgar uma métrica ampliada de ativos, que inclui recursos sob distribuição, administração e gestão, atingindo R$1,8 trilhão no primeiro trimestre, crescimento anual de 13%.
A captação líquida total no trimestre chegou a R$24 bilhões, alta de 79% na comparação anual, mas queda de 19% em relação ao trimestre anterior. A captação líquida de varejo foi de R$20 bilhões, estável na base trimestral e 53% superior ao primeiro trimestre de 2024. Mansur afirmou que a companhia está confortável com esse patamar de captação no varejo.
A base de clientes ativos totalizou 4,7 milhões ao final do período, aumento de 2% na comparação anual e estabilidade frente ao trimestre anterior. O número de assessores alcançou 18,1 mil.
No âmbito do programa de recompra, a XP destacou que a operação integra o plano de retorno de capital aos acionistas e está alinhada às metas do Índice de Basileia, projetado para ficar entre 16% e 19% até 2026. O índice de Basileia da XP atingiu 19% no primeiro trimestre, um aumento de 1,27 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, embora tenha registrado queda de 1,82 ponto percentual na comparação anual.
A estratégia financeira reforça a posição da XP como uma das principais plataformas de investimentos do país, focada em crescimento sustentável, eficiência operacional e retorno consistente para seus acionistas.
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