Mercado eleva projeção do PIB para 2025 e mantém inflação estável

Mercado eleva projeção do PIB para 2025 e mantém inflação estável

Mercado eleva projeção do PIB para 2025 a 2,14%, mantém inflação e juros estáveis. Expectativa para dólar cai levemente, refletindo ajuste após alta recente e incertezas externas.

SÃO PAULO — A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central aponta que o mercado financeiro elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2025, fixando a expectativa em 2,14%, ante 2,02% da última semana. Para 2026, a previsão de expansão econômica permanece em 1,70%.

Esse movimento acompanha a revisão feita pelo próprio Ministério da Fazenda, que na semana passada ajustou a projeção do PIB para 2025, elevando-a de 2,3% para 2,4%. Para o ano seguinte, a Fazenda mantém sua estimativa em 2,5%.

Apesar da melhora nas perspectivas de crescimento, as projeções para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), permanecem inalteradas. O mercado espera alta de 5,50% para 2024 e 4,50% para 2026, valores que se mantêm acima da meta central de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No âmbito da política monetária, o mercado projeta estabilidade na taxa básica de juros (Selic). A mediana das estimativas aponta para manutenção da Selic em 14,75% ao ano até o final de 2025, e uma redução moderada para 12,50% em 2026, refletindo a 17ª semana consecutiva sem alterações nas expectativas para a taxa.

Além disso, a pesquisa Focus registrou uma leve queda na estimativa para a cotação do dólar. Para o fim de 2025, o mercado projeta o dólar a R$5,80, contra R$5,82 na leitura anterior. Já para 2026, a projeção se mantém em R$5,90. A moeda americana acumula desvalorização de 8,6% frente ao real no ano, influenciada pela correção de preço após a alta do final de 2023 e pelas incertezas quanto às políticas tarifárias dos Estados Unidos.

O relatório Focus reflete a visão do mercado em um momento de ajustes na economia brasileira, com expectativas que indicam um cenário de crescimento moderado, inflação ainda acima do ideal e política monetária que busca equilíbrio entre controle inflacionário e estímulo ao desenvolvimento econômico.

Análise de mercado sobre as projeções econômicas para 2025 e 2026

A elevação da projeção do PIB para 2025 reflete otimismo cauteloso, sustentado por dados recentes de crescimento e estímulos fiscais. O mercado reconhece avanços econômicos, mas permanece atento à inflação persistente, que pode limitar a expansão e exigir respostas prudentes da política monetária para evitar descontrole.

A manutenção da inflação projetada em 5,5% para 2024 indica que o mercado espera pressão contínua sobre preços, especialmente em alimentos e energia. Isso reforça a necessidade de equilíbrio entre controle inflacionário e estímulo ao crescimento, evidenciando o desafio do Banco Central em calibrar a Selic adequadamente.

A estabilidade na taxa Selic projetada em 14,75% até o fim de 2025 sugere que o mercado antecipa um ciclo de aperto monetário prolongado. A redução gradual para 12,5% em 2026 demonstra confiança em melhora gradual das condições econômicas, mas ressalta riscos inflacionários que podem postergar cortes mais significativos.

A ligeira queda na expectativa do dólar aponta para menor pressão cambial, resultado de ajustes no mercado externo e fatores internos. Contudo, incertezas globais, como políticas tarifárias dos EUA, mantêm o câmbio volátil, exigindo monitoramento contínuo para evitar impactos negativos na inflação e comércio exterior.

Dúvidas frequentes sobre as projeções econômicas para 2025 e 2026

O que motivou a elevação da projeção do PIB para 2025?

A melhora nos indicadores econômicos recentes e a expectativa de estímulos fiscais explicam o aumento da previsão para o crescimento em 2025.

Pressões sobre preços de alimentos e energia mantêm a inflação alta, indicando desafios para o controle monetário.

A estabilidade da Selic sugere uma política monetária rígida para controlar a inflação, apesar do impacto sobre o crescimento.

Reflete ajustes cambiais e menor pressão externa, embora incertezas globais continuem a influenciar o câmbio.

Taxas de juros elevadas limitam o consumo e investimento, mas são necessárias para controlar a inflação.

Incertezas globais, alta inflação persistente e volatilidade cambial são os principais riscos para a economia.

Projeções estáveis e crescimento moderado indicam cautela, influenciando decisões de investimento e planejamento empresarial.

Autor

  • Carlos Jobs | Trader

    Carlos Jobs é trader desde 2022, focado em opções binárias e estratégias de mercado. Com um olhar analítico e disciplinado, busca maximizar lucros e criar consistência em suas operações, sempre priorizando o autoconhecimento e a adaptação ao mercado.

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