Bovespa fecha em baixa de 0,39%, pressionada por setores aéreo, consumo e imobiliário
São Paulo, 15 de maio de 2025 — O índice Bovespa encerrou a sessão desta quarta-feira em queda de 0,39%, influenciado principalmente por perdas significativas nos setores aéreo, de consumo e imobiliário. O ambiente de maior aversão ao risco refletiu-se no volume de ações em baixa, que superaram os papéis com desempenho positivo na bolsa.
Destaques positivos ficaram por conta das ações da Natura &Co Holding S.A. (NTCO3), que avançaram 7,10%, encerrando o pregão a R$ 10,71, impulsionadas por sinais de recuperação no setor de bens de consumo. IRB Brasil Resseguros (IRBR3) e Porto Seguro (PSSA3) também tiveram desempenho positivo, com alta de 6,42% e 4,54%, respectivamente — esta última atingindo valor recorde de fechamento, a R$ 48,33.
No lado oposto, o setor aéreo sofreu forte pressão, com as ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) registrando queda de 16,08%, fechando em R$ 1,20, menor patamar histórico para a companhia. Raia Drogasil (RADL3) e Vamos Locação (VAMO3) também apresentaram quedas relevantes de 6,30% e 6,22%, respectivamente, pressionando o índice.
O índice de volatilidade CBOE Brazil ETF Volatility (BOVV11), indicador da incerteza do mercado, registrou leve alta de 0,07%, fixando-se em 30,16 pontos, refletindo o aumento do nervosismo entre investidores.
No mercado de commodities, os contratos futuros de ouro para junho recuaram 1,90%, sendo negociados a US$ 3.185,99 por onça troy. O petróleo Brent para entrega em junho caiu 1,19%, fechando a US$ 62,91 por barril. O café arábica, contrato C para julho, também registrou queda de 2,79%, negociado a US$ 365,85 por saca.
No câmbio, o dólar subiu 0,49%, negociado a R$ 5,64, enquanto o euro valorizou-se 0,38%, cotado a R$ 6,30. O índice dólar futuro fechou em queda de 0,10%, aos 100,93 pontos, indicando expectativa de ligeira estabilização da moeda americana frente a outras divisas.
A movimentação desta quarta-feira sinaliza um cenário de cautela entre investidores diante de fatores globais e locais que influenciam setores sensíveis da economia brasileira, em especial transporte aéreo e consumo, enquanto segmentos como seguros mostram resiliência.
